terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dona Maria e a fé de vida


Depois de ler postagens falando tanto da minha vó querida resolvi que era hora de minha participação.

Especialmente nesta época do ano lembro como era ir fazer a tão aguardada "fé de vida", para aqueles que não sabem é um atestado de vida que todo espanhol que tem alguma pensão espanhola tem que fazer para provar que continua por aqui, firme e forte, e lembro que para mim era uma tremenda aventura.

Normalmente nos meses de janeiro a vó vinha aqui pra casa e ficavámos aguardando para iniciar a operação: Trolebus até o jabaquara, metrô e lá íamos nós chegar mega cedo e pegar uma fila já com alguns conterrâneos para garantir que a fé de vida fosse feita. A fila existia porque espanhol é ansioso e teimoso por natureza, o papel pode chegar até março na Espanha, mas não pode sonhar que isso possa acontecer, tem que ir em janeiro para dar tempo, pois como diz aquela propaganda de seguros: "vai que..."

Chegando lá esperávamos o consulado abrir (normalmente a gente chegava entre 6h30 e 7h e só abria às 8h), em fila e quando deixavam a gente subir de escada, tinha até um aviso para que só pegassem o elevador em último caso, e pela escada a fila se mantinha... e daí era esperar, lá pelas 10h quando já tinhamos conversado com meio mundo que se encontrava por ali, com a mesma finalidade (sério, só vá ao consulado Espanhol entre janeiro e março em caso de extrema necessidade, é uma loucura nesse período), alguém vinha e pedia os passaportes e começava a entregar os papéis, que deveriam ser conferidos ali na hora, com pressa, afinal todos os espanhóis que estavam ali também acordaram cedo, fizeram uma pequena aventura para chegar lá e mais tantos estavam ainda aguardando, mas no final tudo valia a pena, a fé de vida já estava pronta para ser enviada. Diga-se de passagem tinha uma agência dos Correios estratégicamente bem colocada ali próxima, então era só postar.

Após às 11h já estávamos fazendo nossa aventura de volta aqui pra casa e finalmente começar o dia em casa.

O Consulado mudou de lugar, mas a fila e as poucas horas de atendimento ao público continuam as mesmas...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O Parque da Mônica

Poderia passar muitos momentos descrevendo como foi minha infância, mas no momento o foco não é esse, um "simples" foi bem boa e feliz acho que já dá pra entender. Outro dia eu volto no assunto sobre isso.
O assunto de hoje é como uma coisa ou um lugar podem marcar a sua vida e uma dessas coisas aconteceu comigo durante a infância.


Acho que se vocês ainda não sabem, desculpem ser eu a portadora dessa notícia, mas depois de 17 anos no Shopping Eldorado o Parque da Mônica em São Paulo fechou. Como foi dito diversas vezes pelo próprio Mauricio de Sousa o parque do Eldorado fechou, mas outro está por vir.


Bom, fiquei um tempo amargurando isso dentro de mim, mas eu tenho 22 e o parque nasceu em 1993 (mais velho que minha irmã), fui diversas vezes no Parque e aproveitei muito, fui lá com amigos, com o colégio, com minha irmã.


Digo que fiquei amargurando pois foi uma notícia bem chocante pra mim saber que o lugar que tinha um banco de brincadeira lá dentro (banco Nacional, com direito a cartão e talão de cheques, minha irmã nem lembra disso), que tinham um cinema 3D (mesmo que eu não consiga ver em 3D), um teatro e os brinquedos tão marcantes, como o Brinquedão, tinha um com um labirinto (esse sempre foi o meu favorito, todas as vezes que visitei ia mais de uma vez nesse). Fiquei bem triste, mas agora começo a aceitar melhor a idéia de que ali eu não vou mais visitar a Casa da Mônica ou descer o Escarregador de Rolinhos.




Pra mim esses 17 anos de diversão e lembranças ficarão pra sempre. E que venha um novo Parque cheio de atrações modernas e antigas e que eu possa ir lá um dia e achar a mesma essência que um dia eu vi e encheu meus olhos com tanta alegria e magia.


Parque da Mônica, obrigada por ter feito parte da minha infância!
Como as fotos não são minhas, vou creditar. As fontes podem ser vistas nos seguintes links:

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Intercâmbio, um sonho realizado

Sabe aquele momento em que você diz "Valeu a pena?", então isso aconteceu comigo... vou explicar.

Dia 06/12/2008 eu realizei um grande sonho, na verdade esse sonho começou a ser realizado quase 6 meses antes.
Eu fiz um intercâmbio, desses que você vai pra viajar, sabe? (Se não sabe clica
aqui), mas intercâmbio é algo que mexe comigo desde que eu me conheço por gente. Antes eu não sabia o nome, mas depois que aprendi... nossa... meu mundo mudou!
Desde os 14 anos eu queria fazer um intercâmbio, pra ser mais exata eu queria fazer o High School na Espanha, lugar que minha mãe nasceu, na época não tinha esse programa pra lá, só curso de idiomas, mas eu já falava espanhol, não queria isso, queria ficar lá, conhecer a família e estudar no colégio, mas não deu.
Depois conheci o
Au Pair, mas só pessoas acima dos 18 anos podem fazer esse intercâmbio e precisava ter experiência com crianças, como eu ainda tinha 16 anos decidi que criaria minha experiência com crianças então. Procurei a diretora do colégio que eu estudava e expliquei pra ela que queria ser voluntária na creche que o colégio tinha, assim eu poderia comprovar essa experiência. (Nessa época - 2º colegial - eu ficava 3 dias na semana dentro do colégio, terça e sexta era o voluntário e quinta a preparação do DELE). Foram quase 6 meses de experiência por lá, conheci as professoras e as crianças, participava das atividades, me diverti aprendendo, mas uma hora o voluntário ia acabar, mas o sonho do intercâmbio não, conheci muitas au pairs nesse meio tempo, fiz parte de uma lista que recebia e-mails de futuras, atuais e ex au pairs, pessoas com sonhos parecidos com o meu.
Fiz 18 anos e, infelizmente, meus pais não puderam me mandar pra fora pro meu sonho se concretizar, mas nem por isso desisti, meu intercâmbio só tomava outras formas.
Comecei a faculdade e me prometi que o intercâmbio não sairia da minha vida, até que procurando (sempre fiz muita pesquisa sobre o assunto - agências, programas e etc - se alguém quiser alguma dica, pode pedir) encontrei o
ICP e descobri o que era ser cast member e pensei "Podia ser esse, né?", depois de mais pesquisa descobri que podia ser de verdade esse o programa de intercâmbio da minha vida, era Disney, era um sonho, fui assistir a palestra, fiz a entrevista, mas não fui aprovada, poderia ter outra chance, mas fui pelo confiável, pois poderia ser a última chance e correr o risco de ficar sem a vaga eu não deixaria acontecer. Encontrei na Chris e na Teresa, da Experimento de Santos, as salvadoras do meu intercâmbio. Elas tinham vagas pra Colorvision (é uma empresa que trabalha dentro dos parques da Disney e Universal tirando fotos), fiz a entrevista e passei!!, meu sonho voltava a ser realidade e das mais interessantes. Fiz amigos ICPs e conheci pessoas que iriam pra Colorvision também, mas quem disse que seria fácil assim, né?
A crise veio e a Colorvision cancelou minha vaga e de vários amigos, porém o
Ober Gatlinburg estava oferecendo vagas, li e fui correndo na agência fechar pra essa vaga.
Deu certo, agora meu sonho ia acontecer ou eu não me chamava Verônica. Fui, embarquei dia 06/12/2008, trabalhei muito, fiz muitos amigos, alguns inclusive iam pra Colorvision também, era uma questão de tempo até nos encontrarmos, histórias que fazem parte das minha memórias, viagens de trolleys, o hostess, pessoas que com alegria nos receberam, cheguei no Brasil, de volta dia 28/02/2009, com um sentimento de sonho realizado.

Agora é partir pro próximo sonho, que ele venha e se realize e que eu guarde na minha memória momentos de batalha e realização como esse!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Enfim, formada!

Sabe, depois de muito tempo e muita batalha eu conquistei muitas coisas e quis escrever, afinal, não é todo dia que você pode se expressar com clareza. Mas a vontade bateu de um jeito que não dava pra segurar.
Sempre gostei de escrever, tem horas que falo mais do que devo e horas que não falo nada, guardo muita coisa... então essa é uma sessão desabafo sim!!

Fiz um curso numa Universidade, mas não é qualquer curso e não é qualquer Universidade. Escolhi fazer Rádio e TV, porque sempre gostei muito de saber como eram feitos os programas de televisão e ter a chance de não só saber, mas quem sabe um dia, realizar um programa e poder dizer "Viu, eu que fiz" sempre mexe com a gente. Poderia ter escolhido algumas Universidades, mas não, prestei só na Metodista, daí você, caro leitor desse blog que estava inativo até a dona dele ter a subita vontade de escrever, se pergunta "Por que só a Metodista?" e eu te respondo, não sei! Prestei lá e na USP na verdade, sabendo que faria o curso que escolhi na Universidade que escolhi, sabia que não seria aprovada na USP e eles tinham acabado de reformar o currículo lá e o que eu queria mesmo era Rádio e TV e não Audiovisual (o curso se chama assim na USP). Bom, passei na Metodista e fui toda feliz, alegre e contente fazer minha matrícula.
Me emocionei muito ao saber que seriam 4 anos vivendo dentro daquele campus que abrigou por alguns anos o colégio que estudei e tinha uma partezinha de mim ali, onde conheci professores do Colégio Metodista que hoje, sem dúvida nenhuma, fazem parte da minha história. Alguns mantenho o contato, outros eu lembro deles, mas não sei se eles se lembram de mim, colégio que abrigou meus 4 anos de curso de Espanhol, que fiquei extremamente feliz em realizar e me formar com uma turma que sinto saudades e o contato é só através das famosas mídias sociais.

Na Universidade foram sim 4 anos de muita luta, 6 meses morando numa república, você pode ver aqui o que aconteceu, depois 6 meses morando no mesmo prédio que morava quando pequena (em São Bernardo mesmo... história pra uma outra vez), depois decidi assumir que não tinha jeito e mudei pra casa dos meus pais em São Vicente, litoral de SP, saía de casa cedo, ia trabalhar em São Paulo, de lá ia pra faculdade e de lá ia pra rodoviária em São Bernardo e voltava pra casa. Foram 3 anos fazendo esse trajeto, conheci pessoas que hoje, sem dúvida fazem parte da minha vida, amigos que serão pra vida toda, Sammy, Creusa, Alê. Conhecia os motoristas dos ônibus... nossa, quantas histórias... risadas, conversas e momentos com raiva de turistas que iam pro litoral e atravancavam nossa vida!

Mas lá na Universidade vivi, de verdade, boa parte de um crescimento que hoje eu poso falar "Nossa, como eu amadureci", amadurecimento que só percebi hoje. Uma turma que mexeu comigo, tipos tão diferentes, mas lá dentro todos com um sonho, seja ele de terminar o curso, de mudar o mundo ou quem sabe de simplesmente poder olhar pra trás e pensar "Tomara que eu tenha feito a diferença na vida de alguém", pode ter certeza, que na minha vidinha você, coleguinha de sala, fez diferença. Pode ter brigado comigo, achado que eu não fazia nada, que eu não tinha interesse, mas era só uma pessoinha tímida que tinha/tem medo de se machucar, como já me machuquei e muito.
Foram 4 anos de trabalho: pasta de produção, roteiro, curta, documentário, programa gravado, programa ao vivo, TCC; foram 4 anos de batalha com professores para termos o melhor ensino que pudesse nos ser fornecido; foram 4 anos que vi minha turma sumindo e só encontrando cada um de vocês pelos corredores... confesso que sentia falta de termos pelo menos uma aula juntos, pra pelo menos saber o que acontecia na vida de vocês ou pelo menos saber que vocês estavam bem.

Tivemos a festa da beca dia 29 e senti que nem todos pudessem estar presentes. Vocês marcaram minha vida de uma maneira que nunca vou conseguir expressar. Se hoje eu posso falar "Estou formada!" é porque vocês ajudaram nessa conquista. Então, muito obrigada, a todos e a cada um de vocês! A promessa de manter contato sempre existe, quem sabe isso se torne real... o orkut, twitter e facebook estão aí, quem sabe dá certo, né?

Obrigada aos amigos de verdade que eu conquistei e tantos trabalhos só foram possíveis com a ajuda dessas pessoas, né? É chato citar nomes, tenho medo de esquecer de alguém, vocês sabem quem são e isso pra mim basta.

Se você conseguiu ler até aqui, obrigada pela paciência, o texto ficou enorme, mas lavei a alma.

Um beijo enorme e um abraço apertado em cada um!
Verônica

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Atualizar é bom, mesmo que só eu entre aqui...




Boa tarde, como você está?

Faz tempo que não passo por aqui, mas vou justificar, mesmo que, como eu disse, só eu vou ler isso aqui, falta de tempo, de muito tempo.

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O logo aqui apresentado é do documentário que fizemos esse semestre, um dos trabalhos, tivemos uma maquete, um programa de rádio, um curta e o documentário.

Como os outros ainda não estão assim, nesse estágio, dia da apresentação, não vou falar sobre eles, e sim sobre o trabalho, que eu espero que seja um trabalho que no final da apresentação eu diga: "Ainda bem que fizemos isso!", é essa tamanha expectativa que tenho, afinal tratar do tema ditadura não é fácil e não deve ser, ainda mais quando se vai entrevistar pessoas que foram torturadas (sim isso aconteceu, e quem fez as perguntas fui eu... medo de falar besteira!!), entrevistamos (digo entrevistamos pois fomos três pessoas durante as gravações) também familiares que também sofreram, depoimentos emocionados, lindos, como eu disse o trabalho de uma vida, quero chorar hoje assistindo, quero que as pessoas fiquem chocadas com as revelações, quero as mais diversas impressões sobre todos os apectos, quero perguntas, quero responder, contar como foi, quero agradecer e me sentir realizada por este projeto ter saído.

Depois eu falo como foi a apresentação.
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Niver mãe!

Até mais!!!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Muito, muito feliz (parte 2)


Nossa, não tenho palavras para descrever minha enorme felicidade quando vi a nota do nosso video em uma das matérias... 9,5!!!! Valeu a pena todo o esforço e toda a nossa dedicação.


Parabéns Cauan, Douglas, Leonardo, Marília, Livia, Patricia, Rafael, Thais, Wagner e eu...


O video ficou muito bom!!!


Obrigada!!!!!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Muito, muito feliz!!!!


Nossa, faz tempo que não passo por aqui, mas tudo se deve a falta de tempo, tempo que durante todo essse tempo não existiu.

Percebi hoje que durante a época dos trabalhos nós nos dedicamos muito pra um e deixamos de lado um outro, mas ou era isso ou tudos ficarem ruins. "É melhor um pássaro na mão que dois voando", é isso que quero passar.

Bom, todo o esforço, pelo menos até agora, foi recompensado, fizemos um trabalho de Projeto Integrado muito bom, eu fiquei muito feliz pelos comentários de hoje, tanto do professor, quanto do pessoal da sala. Valeu a pena todo esforço antes, durante e depois da gravação. Galera do PI Produções Muito Obrigada!!!! Não tenho palavras para dizer o quanto foi bom trabalhar nesse projeto com vocês!!!

Depois de tudo vem o alívio, será???

Até a próxima!